Questões sobre a teoria e atividades estudadas no grupo 1.
Leia o poema “Severo narro”, de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras são ideias.
Múrmuro, o rio passa, e o que não passa,
Que é nosso, não do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
1.Observe as afirmações.
I. O poeta afirma que palavras são ideias, porque, seja o que for, sempre pensamos em palavras, pois elas materializam nossos pensamentos.
II. Pode-se comparar o “rio” com nossa língua. Nela, os poetas “pescam” as melhores palavras para pôr em seus versos.
III.Em “E por mim mesmo lido”, entende-se que o poeta não quer dividir seus escritos com ninguém, apenas consigo mesmo.
IV. Na expressão “Severo narro”, percebe-se a seriedade e rigidez com a qual o poeta escreve.
· Estão corretas:
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c)I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) Todas.
JUSTIFICATIVA: O erro da III está no fato de dizer que o autor não quer que ninguém leia seu poema, pois ele apenas diz que foi o primeiro a ler; isso se indica pelo penúltimo verso Assim quisesse o verso: meu e alheio, ou seja, ele e os outros também lerão seus versos.
2.Relendo o poema, notamos a importância da palavra. Segundo nossas discussões feitas em sala de aula, qual a importância da palavra?
I. A palavra somente é importante, porque sem ela não daria para escrever.
II. A palavra é a matéria-prima da literatura, com ela, os artistas trabalham como um escultor trabalha com a argila.
III. A palavra é a fonte na qual os poetas vão beber para se inspirarem e começarem seu trabalho.
· Está ou estão incorretas:
a)Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III
d) Nenhuma.
e) Todas.
JUSTIFICATIVA: A I está errada, porque antes de inventaram as palavras, os homens das cavernas já escreviam nas paredes com desenhos. Isso significa que sem as palavras é, sim, possível se comunicar.
Leia: Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
3.Conforme os pensamentos do poeta português Luís de Camões, como é definido o amor?
a) O amor é um sentimento simples de se explicar, pois quem o sente sabe reconhecê-lo.
b) Tal sentimento é capaz de literalmente matar aqueles que se rendem a ele.
c) Somente os poetas, como Camões, podem, por terem uma sensibilidade aguçada, expor a magia do amor.
d)O amor é um sentimento confuso e contraditório, pois ele é egoísta, submisso, necessário, sofrido e alegre ao mesmo tempo.
e) Não é possível escrever sobre o amor, porque esse sentimento é inexplicável.
JUSTIFICATIVA: A letra A está errada, porque o amor é um sentimento complicado, não simples como ela diz; a B, porque o sentimento não mata literalmente, mas a dor causada por ele é semelhante à dor da morte; a C, em nenhum momento, Camões faz referência a ser o único capaz de escrever sobre o tal sentimento; a E causa um pouco de dúvida, mas não é impossível escrever sobre o amor, tanto que Camões conseguiu.
4.Camões, inspirado pelo poeta Virgílio, escrevia seus sonetos usando versos decassílabos, ou seja, com dez sílabas poéticas. Qual verso está corretamente dividido?
a)Mas / co / mo / cau / sar / po / de / seu / fa / vor.
b) A / mor é um / fo / go / que / ar / de / sem / se / ver.
c) É / um / an / dar / so/ li/ tá/ rio / en / tre /a /gen / te.
d) Se / tão / con / trá / rio / a / si / é / o / mês/ mo / A / mor?
e) É / ferida / que / dói, / e / não / se / sente.
JUSTIFICATIVA: Na B, os versos /mor/, /é/ e /um/ estão juntos, deveriam estar separados; na C, /rio/ e /en/ estão separados, deveriam estar juntos, porque as vogais se juntam; na D, há o mesmo erro da C; a E não está separada.
Questões sobre o livro Histórias do pai da história.
5.Em uma conversa com o sábio Sólon, da cidade de Atenas, o rei Creso, da Lídia, perguntou “quem era ou é o homem mais feliz do mundo”. A resposta foi “[...] Só quando a história de um indivíduo termina é que podemos afirma se ele foi feliz ou não” (p. 24). Como você explicaria a resposta dada pelo sábio Sólon?
RESPOSTA: A vida de todo ser humano é formada por bons e maus momentos, apenas no momento em que a vida acaba é que se pode afirmar se o homem foi feliz (com bons momentos na maior parte da vida) ou infeliz (com maus momentos na maior parte da vida).
6.O rei Rampsinito se achava muito inteligente, no entanto, havia outro mais astuto. Para você, o que é ser uma pessoa astuta (inteligente)? Justifique sua resposta.
(RESPOSTA PESSOA COM JUSTIFICATIVA)
SUGESTÃO: A pessoa mais inteligente é aquela que é capaz de encontrar saída para diversos problemas. Não é apenas aquele que possui uma determinada habilidade e a sabe usar com maestria, mas aquele que é capaz, nas adversidades, encontrar uma solução, como por exemplo, uma pessoa que está desempregada, não sabe fazer outra coisa a não ser seu ofício, mas consegue encontrar uma forma de ganhar a vida até arranjar outro emprego.
7.Às vezes, não temos ideia de como uma guerra sangrenta pode ser fruto do rancor pessoal, do ódio de um ser humano por outro, algo pequeno que depois se torna grande e desastroso. (p. 33).
· Baseando-se no trecho acima, responda: Se uma guerra vem, muitas vezes, da vontade pessoal, por que tantas pessoas aceitam fazer guerra?
(RESPOSTA PESSOA COM JUSTIFICATIVA)
SUGESTÃO: A maioria das guerras é declarada por presidentes e reis, eles sabem, com argumentos, convencer os outros a guerrearem. No entanto, o ser humano gosta de causar destruição e dor aos outros, por isso, se deixam convencer por outros. Preferem arriscar suas vidas e participar da destruição.
8.No livro “Histórias do pai da história”, vimos as ações de alguns reis: Psamético, Creso, Rampsinito e Cambises. Por meio de suas ações, podemos montar uma hipótese sobre suas personalidades, afinal, todos eram muito parecidos. Descreva a possível personalidade dos reis e governantes.
RESPOSTA: As principais características são negativas: eles demonstram ter um orgulho exagerado, ou seja, não aceitam ser derrotados; alguns deles são cruéis, pois há várias mortes e torturas de pessoas, por exemplo, o rei Psamético que tirou dois bebês de suas mães e arrancou a língua de suas babás, apenas para ter uma descoberta egoísta. Nos dias de hoje, nossos governantes também mostram crueldade e egoísmo, pois não aceitam críticas do povo e, muitas vezes, deixam sua população morrendo na fila de hospitais ou pela violência.